quarta-feira, 19 de março de 2014

Reprodução Xerográfica (arte xerox) cópias do corpo por Hudinilson Jr.




 Na série Exercícios de Me Ver, Hudinilson Jr. (1957-2013) trabalha na reprodução xerográfica (arte xerox) de partes do próprio corpo sobre a maquina de xerox criando assim deformações e ligações com outas partes do seu corpo.






quarta-feira, 12 de março de 2014

domingo, 9 de março de 2014

sexta-feira, 7 de março de 2014

iniciando a poética em arte


Me chamo Jéssica Pinheiro, 19 anos, moro em Montenegro-RS e estou cursando o 5º semestre de Artes Visuais na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs). Na disciplina de Poéticas do Processo do 4º semestre, me deparei com a disciplina que mais influenciou o meu trabalho poético na arte. A partir das pesquisas feitas sobre artistas e referências bibliográficas para o trabalho final desta disciplina, que resultou na apresentação do trabalho A Desordem se Cria no Corpo (2013), que foi minha primeira postagem no blog. Após ter tido essa experiência com um trabalho sobre meu corpo através da fotografia que me dei conta que o corpo sempre me atraio por suas formas, por seus gestos e por suas deformações, as vezes intencionais e outras vezes não intencionais. Então a partir disso meu interesse por artistas que utilizam o corpo, ou se apropriam dele como um objeto de arte foi crescendo e me dominando por inteira.

quinta-feira, 6 de março de 2014

A DESORDEM SE CRIA NO CORPO


Palavras chave: corpo fragmentado, desordem, fotografia. 
                                                                                             Jéssica da Rosa Pinheiro

A experiência descrita no presente trabalho teve como objetivo entender o corpo como fragmento, como se relaciona como bloco ou pedaço, como uma coisa modelável e com desordem. Penso na premissa que, o tecido visual da fotografia sempre pôde ser transformado pela imagem sensível de uma pele ou um membro corporal com texturizações visuais, físicas e palpáveis.
A versatilidade das imagens expostas pela lente da câmera implica uma reapropriação de dispositivos e enunciações  cujo movimento desloca a própria condição corpórea, embora a fotografia apreenda apenas um instante, é possível investigar variáveis que antecipam e prolongam o deslocamento do corpo. A aproximação da lente da câmera com o próprio objeto-corpo que é o utensilio de estudo, permite que o enquadramento proporcione transdeformações corporais na captura da imagem. Do corpo a fotografia (ou vice-versa), há um valor significativo de desordem.
Na representação fotográfica do corpo, o que me instiga não seria o corpo em si, mas sua expressão visual viva, sua condição adaptativa de desmaterializar-se. Aqui o que vale é o resultado da imagem corporal e não, diretamente, o corpo em si. Por isso, trabalho uma imagem aproximada pela câmara, que aponta dúvida, incerteza, imprecisão e desordem. Assim, tento acoplar os traços dessa superfície disforme, em um ambiente de negociação do corpo com a imagem fotográfica, tecnicamente tratada. Há aí não mais um objeto tomado em si mesmo, mas uma referencialidade própria de proposição e a trama visual, em que o conjunto de elementos desprendidos da forma material determina percepção e imaginação por parte de artista e observador. É uma possibilidade de composição do corpo na fotografia, onde o que se vê são pedaços ou blocos, dispostos lado a lado.
O corpo se converte então em material de trabalho submetido a experimentações diversas, o corpo como suporte de uma ideia, fator que o coloca na situação de algo externo e manipulável. Expõe-se um conjunto de fotografias, associadas à imagem do corpo fragmentado e essa transposição ocupa estrategicamente uma sensação de desordem.
Ao retratar um corpo fragmentado é criada uma nova posição e perspectiva, o fato de haver na montagem das fotografias espaços vazios obriga o observador a utilizar a imaginação criando linhas e formas de ligação das fotos. 
Tem-se como referência o trabalho de Hannah Villiger que utiliza o corpo despido, fotografado com uma câmera Polaroid, um processo que permite que a imagem apareça no momento - e depois ampliada, apresentadas individualmente ou organizadas em uma composição complexa e rítmica (o que se chama de bloco).
 Tendo a desordem como elemento norteador da investigação que se focou na tentativa de desvelar e articular uma poética pessoal a partir das experiências registradas no meu corpo.




A desordem se cria no corpo